Nas águas da vida

Aproxima-se o Natal, festa maior da Cristandade. Com o nascimento de Jesus toda a promessa de redenção da humanidade começar a se cumprir. Vejo, principalmente na internet, algumas discussões sobre o Natal, sendo que se questiona se o Cristo nasceu, realmente, num dia 25 de dezembro ou se foi em outra data. Ora, como diz o poeta: “o sábio aponta para a lua, e o tolo olha para o dedo”. Claro que saber a data, a hora e os minutos exatos de alguns acontecimentos podem ser fundamentais, mas não nesse caso. Ao comemorarmos o nascimento de Jesus devemos olhar para mais distante, tanto para o futuro quanto para o passado, ou seja, alongar nossa visão sobre nossa própria existência. É momento propício para repensar nosso agir, tendo por base de comparação a vida daquele a quem homenageamos nesta data: o Cristo. Aí sim, muito mais importante que discutir o que pode ser divergente, vamos nos ater àquilo que deve unir cada homem e cada mulher, em todos os tempos, em todos os lugares: o amor. Celebrar o Natal é celebrar o amor, celebrar a Aliança que se cumpre com a presença de Deus no meio de nós… presença que continua, que não se foi mas que estará “até o fim dos tempos”. Podemos aproveitar o Natal, portanto, para rever nosso modo de ser e de agir. Será que não há muitas coisas a serem modificadas para melhor em nossa vida, em nosso comportamento, em nossa maneira de ver as coisas, de julgar os acontecimentos e as pessoas? Certamente que sim, mas só vamos compreender a necessidade dessas mudanças se tivermos por referência aquele que é a Verdade e a Vida, único caminho para o Pai: Jesus! Uma boa maneira de iniciar essa mudança é a forma como vamos nos preparar para este Natal. Não se deixar levar pela propaganda do consumo, mas priorizar a preparação do nosso espírito, de nosso coração para a mensagem do Cristo, suas palavras, seus ensinamentos. Não nos esqueçamos que a caminhada mais longa começa sempre pelo primeiro passo, e só se concretiza se não desanimamos no meio do caminho. Portanto, um passo após o outro. Uma pequena mudança após a outra e, assim, vamos mudando o rumo, traçando novas rotas para uma vida em Cristo, com Cristo e por Cristo. Diferente do que muitas vezes ouvimos dizer, o Natal não é um “momento mágico”, a magia do Natal está justamente na beleza e no encantamento da sua realidade. Cristo é real, pois permanece entre nós. Sua proposta de vida também é real e transformadora, depende somente de cada um conhecê-la e deixar-se tocar por ela, esforçando-se por colocá-la em prática no cotidiano da vida. Que este Natal, portanto, seja de muita luz em nossas vidas, iluminando nossa mente e nosso coração. Que o nascimento do Cristo aconteça de verdade em nós e nos transforme para sermos suas testemunhas fiéis ao longo de todo o ano novo que vem por aí. Façamos como o barqueiro que escreveu num remo Oração e no outro Trabalho. Seu barco somente seguia no rumo certo quando os dois remos eram acionados ao mesmo tempo. Se havia prioridade para um dos remos somente, o barca ficava girando em torno de si mesmo. Quando oramos e trabalhamos em Cristo, tudo acontece, tudo se transforma. Feliz Natal e excelente 2013 a todos. Odilmar Franco Missionário do MEAC odilmar@meac.com 42 9947 7212

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