Olá a todos! Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “a diferença entre cobrar e exigir”. Todos nós sabemos que a convivência humana é uma arte. A cada dia aprendemos algo novo sobre como tratar bem as pessoas. No fundo, eu diria que tudo é uma questão de caridade, de amor. Se amarmos de verdade as pessoas, saberemos como lidar com elas em cada momento. Mas o amor é muito rico e, por isso, muitas vezes nos perdemos em sua concretização. E o que o amor diz em relação aos erros das pessoas que convivem conosco? Que devemos corrigi-los, pois o amor sempre deseja o crescimento, a melhoria, a perfeição, na medida do possível, de quem amamos. Assim agiu Jesus Cristo: corrigindo e orientando continuamente os seus discípulos. O amor, portanto, corrige. Mas corrige de maneira gentil. E aqui está a diferença entre cobrar e exigir. Cobrar é corrigir, apontar os defeitos, mas sem amor. Quem cobra: – pensa mais em si mesmo do que no outro; – corrige por sentir-se incomodado, perturbado na sua tranquilidade; – corrige de modo inoportuno, na hora errada, com insistência, de maus modos etc. Exigir, por outro lado, é corrigir com amor. Quem exige: – sofre por corrigir, mas corrige pensando no bem que fará a quem ama; – sabe corrigir na hora certa, da melhor forma, com delicadeza, com carinho; – faz a pessoa perceber que foi corrigida por amor;- faz a pessoa sair animada a refletir sobre aquele defeito depois da correção; – tem paciência para esperar a melhora de quem foi corrigido. Que diferença tem uma relação, seja ela entre casais, namorados, irmãos, chefes e empregados, quando há exigência e não cobrança!!! A cobrança vai desgastando a relação justamente porque o que está por trás dela é muito mais o orgulho, o comodismo, a preocupação com a eficácia de uma tarefa do que a atenção com a pessoa humana que é objeto da correção. Quantos chefes, por exemplo, desmotivam enormemente seus funcionários com suas cobranças infinitas porque estão muito mais preocupados com o resultado do trabalho do que com o bem das pessoas! Quantos casamentos vão se afundando porque o que existe ali é apenas cobrança e não a amorosa exigência! Façamos o propósito de substituir a cobrança pela exigência. Façamos o propósito — e isso é essencial — de amar de verdade as pessoas e esperar que tudo venha como consequência desse amor. Façamos também o propósito de ficar muito abertos a todo tipo de correção. Seguindo esse caminho, experimentaremos a alegria profunda da convivência, que é uma realidade dinâmica, com crescimento pessoal permanente, em que nosso modelo é Jesus Cristo. Uma santa semana a todos! Pe. Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce; Capelão do IICS (Instituto Internacional de Ciências Sociais). Atende direção espiritual na Igreja de São Gabriel, em São Paulo. Contatos Site: http://www.fecomvirtudes.com.br (aqui você tem acesso a todas as mensagens divulgadas e também pode inscrever-se no Grupo e receber as mensagens semanalmente).