Bebidas alcoólicas e festas de Igreja

Na paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Curitiba (PR), os padres Ivanir Leonardi e Messias Galieta decidiram, em consonância com os Conselhos da paróquia, abolir o uso de bebidas alcoólicas das festas naquela comunidade. Um folheto está sendo distribuído a todos os paroquianos lembrando que o alcoolismo é uma doença e que o álcool é a mais consumida entre todas as drogas. Lembra que a violência familiar, infidelidade conjugal e doenças derivantes do álcool são algumas das conseqüências negativas do hábito ou dependência de bebidas alcoólicas. O texto mostra, ainda, que grande parte dos setores de ortopedia dos hospitais é ocupada por acidentes provocados por pessoas alcoolizadas e que, por isso, os gastos públicos são astronômicos e poderiam ser evitados. Os padres comentam que em estádios de futebol e em escolas o consumo de bebidas alcoólicas já foi proibido e que a CNBB promove e apóia a Pastoral da Sobriedade. Lembram que o álcool é a pior das drogas e que, “nas festas da Igreja não se pode lucrar com o dinheiro advindo da comercialização da pior das drogas”. Citando o quinto mandamento da Lei de Deus: “Não matarás”, eles afirmam que o álcool mata o alcoólatra e, muitas vezes, mata os irmãos em casa, nas festas, no trânsito e nas brigas. Recordam que o alcoolismo está atingindo de maneira dramática as mulheres e a juventude, e que por isso não se pode continuar dando mau exemplo nas Igrejas e colaborando com o prejuízo das pessoas. Padres Ivanir e Messias dizem que é preciso incentivar as verdadeiras festas de comunidade: festas religiosas, sadias, agradáveis e num espírito de família e boa convivência. Também ressaltam que “é preciso fortalecer o dízimo nas comunidades, pois, onde o dízimo é bem organizado, melhora muito a situação econômica”. Eles destacam que algumas pessoas ainda insistem em fazer festas com a venda de bebidas alcoólicas, mas que essas são lideranças antigas, que eles chamam de “donos da igreja”, que ainda não estão bem convencidos do seu prejuízo a todos, do seu testemunho antievangélico e da importância do dízimo como ensinamento de Deus para a sustentação de toda a ação evangelizadora.

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