Opinião e notícias 24/07/2015 Cada dia mais a internet com suas ferramentas e opções estão presentes na vida das pessoas. Ela nasceu de uma experiência militar norte-americana com a finalidade de conectar computadores em diversas partes do mundo. A partir de então, estendeu-se até às universidades e de lá para o planeta e o cotidiano das pessoas. Por meio do ambiente virtual está-se presente em toda parte do planeta, comunica-se, divulga-se cultura, conhecimento, pensamento religioso… Como inserir a mensagem do Evangelho neste universo? E a experiência de fé? E a realidade comunitária-eclesial? Não basta ser simplista e pensar em “entrar” nesse mundo digital; é preciso refletir em como “estar” nele. A Igreja encara os meios de comunicação como dons de Deus capazes de criar laços entre as pessoas, além de desempenharem um papel social na sociedade e na história. É impossível não perceber a importância e a centralidade que os meios de comunicação social conquistaram em nossa sociedade! Cristo revelou-se na história e operou nela a salvação. Ele é a “grande comunicação” do Pai com o mundo. Desde então, a Igreja é dessa preciosa dádiva, guardiã e portadora. Ela guarda a fé; mas também é comunicadora desse depósito. Por isso, a comunicação pertence à essência da Igreja. No dizer do santo João Paulo II, as novas mídias são como “o primeiro areópago dos tempos modernos”. Mesmo que esses meios de comunicação pareçam separados da mensagem cristã, eles oferecem oportunidades únicas para o anúncio do amor e da salvação de Cristo. São mais de 6 bilhões de seres humanos. Destes, 33% não ouviram falar de Jesus Por isso, é importante que se lance mão da internet de maneira criativa, para que se assuma as responsabilidades de nossa fé e ajudemos a Igreja a cumprir com sua missão A nossa Igreja Católica cada vez mais se insere no mundo digital, por meio de sites, blogs, vídeos, redes sociais, palestras, músicas, aplicativos… Tudo isso faz parte da obra de evangelização e enriquece a vida da Igreja, pois ela precisa dialogar com o sujeito de nosso tempo. Trata-se de comunicar a fé com novas expressões e de maneiras atuais, mas a verdade da fé é a mesma: o anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo por meio da proclamação do Evangelho e do testemunho. Em um mundo indiferente e até hostil à fé cristã, a Jesus Cristo e ao Evangelho é preciso nutrir o desejo ardente de comunicar, de evangelizar no mundo real e virtual. O Evangelho é uma mensagem globalizada. O cristianismo e as verdades da fé estão abertos a todas as pessoas e culturas. Um homem pós-moderno, vazio, materialista e carente só encontrará razão de viver e de ser em Cristo Jesus. São mais de 6 bilhões de seres humanos. Destes, 33% não ouviram falar de Jesus. Por isso, é importante que se lance mão da internet de maneira criativa, para que se assuma as responsabilidades de nossa fé e ajudemos a Igreja a cumprir com sua missão. No dia 1º de junho comemorou-se o dia mundial das comunicações sociais com o tema: “Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro”. O papa Francisco convida a criar proximidade, união, solidariedade e encontro por meio das oportunidades que os meios de comunicação favorecem. A conquista da comunicação deve ser mais humana do que tecnológica. O convite do Papa é que se abram as portas da Igreja no mundo digital para que o Evangelho cruze as paredes do templo e vá ao encontro de todos. Ele nos convida a refletir: “Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos. Seremos nós capazes de comunicar o rosto de uma Igreja assim?” As redes sociais e a internet, de modo geral, são lugares onde se pode viver a vocação missionária da Igreja, de redescobrir a beleza da fé e a graça do encontro com Cristo. É preciso nos encantar por uma Igreja que consiga levar calor e inflamar o coração, “uma igreja companheira de estrada, que sabe pôr-se a caminho com todos.” O diálogo entre a Igreja e o mundo favorece a que ela informe sobre o seu credo, explique as razões de sua fé e eduque catequeticamente melhor. A internet é, por isso, uma porta maravilhosa e fascinante; usada de forma segura, sadia e verdadeira é capaz de promover um novo anúncio de Jesus de tal maneira que, cada vez mais, ouça-se falar do amor que Deus nos comunicou em Seu Filho. Porém, a realidade virtual não substitui a presença real de Cristo na Eucaristia, a comunidade, os sacramentos, a liturgia, a proclamação imediata e direta do Evangelho. Mas, os novos meios de comunicação podem completar, atraindo as pessoas para uma experiência mais integral da fé e enriquecendo a vida religiosa e catecumenal. Pe. Geraldo Trindade – See more at: http://www.arquidiocesebh.org.br/site/opiniao_e_noticias.php?id_opiniao_e_noticias=11091#sthash.4cg2yFQA.dpuf