Hoje queimam Bíblias, amanhã…

Diante das discussões sobre a homofobia algumas questões vão se delineando e exigindo tomada de consciência e posição. O Governo, para não soltar o Kit “anti-homofobia”, que na realidade poderia ser chamado de Kit pró-homossexualismo, negociou a não convocação do Ministro Antônio Palocci, acusado de corrupção no passado e agora suspeito novamente pela mesma prática. Figuras como as senadoras Marta Suplicy, Maria do Rosário e o deputado Jean Wyllys, diante das pressões, dizem que dentro das igrejas – padres e pastores e outros religiosos – podem discordar desta linha de pensamento. No entanto, mais de 50 mil cristãos foram ao Congresso Nacional protestar contra aquela que será uma Lei de mordaça à liberdade religiosa, mas as notícias simplesmente falaram da reação do movimento gay – representado por fraca minoria, esta sim recebeu destaque, os cristãos, não. Pior que isso, são inúmeras as citações nos sites do país, onde se fez uma convocação para queimar Bíblias em frente da Catedral de Brasília, sem contar com o protesto feito à base de beijos na frente da Catedral de Florianópolis, num franco desafio aos cristãos. Além disso, muitos sites publicaram imagens de homossexuais encenando o papel de Jesus Cristo crucificado e nu, numa clara afronta a fé da maioria. Esta situação, que de inocente não tem nada, está virando coisa séria, se antes de aprovar a PC 122, que proíbe discordar do homossexualismo – até por causa da Bíblia, já estamos vendo reações deste tipo, o que acontecerá se esta Lei for implantada? Vão entrar nas nossas missas e cultos e gritar contra a Bíblia? Este seria o passo seguinte, mas quem nos garante que além de queimar Bíblias, não quererão queimar outras coisas? Não é questão de preconceito, mas de não pensar igual, queremos ter o direito de pensar diferente, assim como damos o direito a outros de não pensarem como nós, aliás, é somente isso que os cristãos estão pedindo: o direito de não concordarem com tais práticas, nenhum cristão está pedindo para matarem pessoas que fazem opções sexuais distintas das orientações bíblicas. Para o cristão a vida de todos é o cerne da fé. Mas por que não fazem os mesmos desafios nas Mesquitas contra os muçulmanos e o Alcorão? Beijar-se na frente de uma casa religiosa, queimar livros sagrados, desafiar aqueles que pensam diferente, inclusive, não lhes permitindo manifestar o que pensam é legítimo, e aqueles que não desejam compactuar com esta forma de pensar, serão considerados criminosos. Os três parlamentares citados acima, manifestaram sua posição dizendo que dentro das igrejas pode haver discordância, mas fora não, sobretudo nos meios de comunicação. Ora, então o cristão só será cidadão dentro de um templo, porque fora dele se não concordar com o homossexualismo será um marginal? Eles, enquanto minoria, podem falar e fazer o que quiserem em qualquer lugar e os cristãos não? Na televisão podem falar contra os cristãos e os cristãos devem ficar calados? Estamos entrando – sem sombra de dúvidas – numa terrível ditadura. Nenhum homossexual deve ser discriminado, ao contrário, deve ser amado, mas nenhum cristão deve ser marginalizado porque não concorda com tal prática. Vivemos num país livre e a lei não pode colocar uma maioria à margem, como se ela fosse constituída de bandidos, porque é assim que querem tratar os cristãos e/ou os que pensam diferente, mas se você católico ou evangélico, ou aquele que pensa diferente ficar quieto, não exercitando seu direito à discordância, próprio da democracia, logo será amordaçado. Pe. Crispim Guimarães Pároco da Paróquia Cristo Rei Laguna Carapã.

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