IDEOLOGIA SEM GÊNERO

Gênero vem de gênesis, genética, ou seja: origem. Não há outra razão para se aplicar esse termo, já que ele aponta para algo bem definido e orientado no que tange a origem humana, ou seja: dois caminhos apenas. Os 46 cromossomos humanos e seus símbolos xx ou xy já determinam: ou se é homem ou mulher. É esse o fator determinante da sexualidade, desde sua origem. Homem ou mulher. O gênero humano nasce marcado por esses dois pares de cromossomos, bem conhecidos na área científica e nos manuais primários da ciência biológica. Ou se é macho ou fêmea, homem ou mulher. Desvios dessa realidade é outra história.

Soa, portanto, infantil e grotescamente forjada essa tal de ideologia que alguns setores da vida social querem enfiar goela abaixo na educação de nossas crianças. Uma aberração contra a natureza. Mas o que realmente significa uma ideologia? A princípio, é uma teoria onde opiniões divergentes sugerem duas alternativas: a neutra e a crítica. Da minha parte, prefiro a crítica, que busca fundamentações mais convincentes. E esta nos diz que uma ideologia não passa de um instrumento de dominação. Age por meio do convencimento sobre uma ideia, um ideário, ou, como bem afirma a enciclopédia livre Wilkipédia: “um instrumento de persuasão que age de forma prescritiva, alienando a consciência humana”. Eis a ação da ideologia do gênero: um instrumento de alienação das consciências.

Sejamos mais claros. O que está por trás desse novo modismo social vem de longe. O próprio Karl Marx e seu aliado Friedrich Engels, pais do derrotado ideário comunista, já preconizavam essa doutrina como instrumento de dominação das massas. No fundo, no fundo, almejam destruir as famílias e suas raízes religiosas, para melhor dominar as consciências e manobrar as massas a serviço das instituições políticas e das engrenagens de produção (para não dizer do capital, que para eles era o demônio em carne e osso). Assim a condução dos povos ficaria maleável aos interesses do comando. Continua sendo essa a voz de comando oculta no emaranhado político de qualquer ideologia. No Brasil está embutida no famoso PNE (2014) que assombrou a muitos dos educadores brasileiros com suas propostas claramente socialistas e ambiguamente contrárias aos padrões familiares e religiosos do nosso país.

Como um povo tradicionalmente cristão – ou no mínimo defensor das tradições morais e religiosas – chegou a hora de levantarmos nossas vozes contra tamanhas aberrações. Dizer a uma criança ser ela a determinante de seu futuro, sua vida sexual, sua identidade masculina ou feminina, é violar o princípio já determinado pela própria biologia. É um acinte contra a natureza. Uma violência contra a personalidade e a identidade da criança. Aos professores e formadores que abraçam tal ideologia fica meu pesar por vê-los tão confusos e divididos, contaminados pela cegueira da própria formação, que mesclam com o ideário político, a moda, a dita “evolução cultural” que tão bem defendem, mas que muito mal compreendem. Meus pêsames a estes. Mas aos cristãos conscientes, amadurecidos com os princípios de sua fé e alicerçados nos valores das famílias de suas origens, fica um alerta de D. Odilo Sherer, cardeal arcebispo brasileiro. Disse ele: “a introdução dessa ideologia na prática das escolas trará consequências desastrosas para a vida das crianças e das famílias”. O alerta está dado. Querem desconstruir a pessoa, torna-las marionetes do sistema. Não seja você uma ferramenta útil nas mãos daqueles que pensam nos dominar. Não entre na onda dos alienados, dos derrotados dos quais só emergem as famigeradas “artes do demônio”. Estas mesmas que zombam de nós com suas perversões e maledicências. Cujas ações e ideologias têm origens diabólicas; não outra.

WAGNER PEDRO MENEZES
wagner@meac.com.br

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