Quando um escultor tira os excessos de uma madeira e revela uma figura, que merecimento tem aquela figura? Foi o artista que quis que ela existisse. Essa escultura não precisa fazer nada. Ela será vista, admirada porque o artista quis. Se o artista quiser, poderá acabar com tudo, destruindo a estátua. Se ele não faz isso é porque quer que a escultura continue sendo vista, admirada. Ela não adquire para si nenhum direito, ela não existe por si e sim pelo artista. Nós fomos criados da mesma forma, por Deus, Aquele que quis. Mas Ele quis que tivéssemos vida “à sua imagem e semelhança”, com poder de criar, de reagir, de influenciar, de deixar como está ou mudar. Deu-me liberdade de decidir a favor ou contra. Vontade livre. O Criador quer que tenhamos reações capazes de modificar o curso das coisas. Fica na observação. De acordo com nossa decisão vem sua reação. Sempre respeitando-nos. A estátua não tem reações. Não reage ao artista. Nós somos dinâmicos, temos vida, provocamos reação Naquele que nos quis assim. Se o Dízimo é uma reação de gratidão, provoca gratidão. Se for um gesto de interesse, provoca pagamento na proporção de nossos merecimentos. Merecemos o quê? Quanto? O que dependeu de nós? Portanto, Dízimo só tem sentido quando expressa gratidão e traz no seu bojo a certeza da presença do Criador em cada gesto nosso, porque Ele assim quis, assim quer. O resultado positivo em nossas vidas é estarmos em sintonia com tudo isso.