A Igreja de Moçambique está vivenciando a experiência do dízimo nos mesmos moldes que vem sendo adotado pela ampla maioria das paróquias no Brasil, ou seja, obedecendo ao método criado e utilizado pelo MEAC (Missionários para Evangelização e Animação de Comunidades) desde 1982, com grande sucesso na evangelização sobre esse tema. No ano de 2009 os missionários Fonseca e Bruno estiveram em Moçambique levando ensinamentos e animação aos católicos que iniciaram a caminhada evangelizadora sobre o dízimo. No ano passado, foi a vez dos missionário Tatto e Odilmar para lá se dirigirem a fim de continuar a ajuda na missão que se iniciou e que vem marcando positivamente a caminhada daquele povo. Na semana passada o missionário Fonseca recebeu email enviado por Eduardo da Fonseca Ventura, da Paróquia de S. Francisco de Assis de Infulene (Machava), da Diocese de Maputo, em Moçambique. Ele relata que ainda acumula as funções de secretário (animador) paroquial e de coordenador da pastoral do Dízimo porque, segundo ele, ainda há pouca gente a trabalhar lá. Eduardo conta que na Diocese de Maputo está em curso o processo de renovação dos ministérios e que, com isso, deve ocorrer uma profunda mudança, havendo por sinal a possibilidade de a pastoral do Dízimo receber uma nova coordenação. Ele recorda que o dízimo foi implantado há dois anos e que, sendo uma experiência nova, o crescimento estrutural ainda é bastante frágil, ou seja, a paróquia ainda não conta com todos os recursos e equipamentos que precisa. Ele relata que também os “evangelizadores” (catequistas) se empenham na administração dos recursos financeiros e que, “por consequência destas fraquezas ainda não estamos a viver o Dízimo nas suas três dimensões, pois este, imediatamente surgiu para suprir as grandes necessidades materiais que tínhamos”. Números: Se ainda há dificuldades a serem superadas, também há vitórias a serem comemoradas. Eduardo informa que no período de implementação do dízimo contava com 64 pessoas e que hoje já contabiliza 448, o que, para ele, é uma adesão excepcional. Esse número não leva em conta as comunidades espalhadas pelo município. O líder paroquial continua relatando que, “Nestes 2 dois anos 7 membros já partiram para junto do Pai Celestial. Todos os domingos temos felicitado os dizimistas aniversariantes. O valor mensal arrecadado era de mais ou menos 6.000,00MTS (meticais é a moeda de Moçambique) equivalente a 187 dólares. Atualmente atingimos 35.000,00MTS (ou seja, cerca de 1.200 dólares).” A estatística apresentada por ele releva que as mulheres são mais participativas. “Temos mais membros do sexo feminino (terceira idade) 75%. A população ativa aderiu em apenas 35% também com maior pendor para o feminino (80%). A prestação de contas ocorre na regularidade mensal. Construímos infra-estruturas pontuais na paróquia (casas de banho, cartório paroquial e pintura no salão de culto). As comunidades também estão em obras” relata Eduardo. A preocupação de Eduardo e das demais lideranças de Maputo agora são em relação à continuidade do trabalho e, para isso, solicitou ao MEAC informações de como continuar a caminhada. Os missionários do MEAC estão em contato permanente com toda a Igreja de Moçambique no sentido de auxiliar aqueles irmãos para que os mesmos obtenham o melhor resultado na evangelização do dízimo e na sustentação financeira dos trabalhos.