Povo de Deus: O dízimo nos leva ser mais Igreja. Passamos a compreender nossa importância nesta grande família. Os padres são muito importantes e necessitamos deles, como orientadores, como engenheiros da grande obra.
Os leigos, no entanto, é que devem tornar possível a grande construção. Uma Igreja de unidade e trabalho onde todos participem, cada um cumprindo seu papel sem distinções. Todos são vitais para o crescimento da Igreja. Uma Igreja popular: Que o dízimo possa realizar em nossas comunidades a opção preferencial de Cristo e da Igreja pelos pobres. Que os mais simples se encontrem e se sintam amados e membros ativos nas comunidades cristãs.
Que não tenhamos uma Igreja de elite financeira ou intelectual, mas de irmãos que amam a Deus e O servem.
Uma Igreja ativa: O dízimo é capaz de transformar pedra sem valor em diamante. O cristão consciente, dizimista, deixa de ser número para ser membro ativo, deixa de ser lâmpada apagada e passa a iluminar a realidade. Não nos preocupemos com a quantidade de cristãos, e sim com a qualidade deles. Ser dizimista é dar passos de qualidade na vida da comunidade.
Uma Igreja comunidade: Que o dízimo nos ensine a olhar os nossos irmãos da Igreja como singulares, únicos. Para cada coração um cuidado, para cada família uma palavra. Que as pequenas comunidades de bairro, ruas, vilas sejam motivadas para o estudo e a encarnação do evangelho.
Uma Igreja cristocêntrica: Que a dinâmica do dízimo em cada comunidade leve ao seu centro, à pessoa de Cristo. Jamais podemos esquecer de que Ele é a razão de estarmos ali. Os santos têm seu lugar na Igreja, como exemplos de caminhada e vitória sobre o pecado, mas é Cristo o Caminho, a Verdade e a Vida.
Uma Igreja de cristãos: Padre sozinho não é Igreja. Que cada leigo assuma seu compromisso de batizado ocupando seu espaço dentro da Igreja, não apenas nas críticas ou ajudas financeiras, mas atuando como agente formador e transformador na comunidade.
Uma Igreja carismática: Que o Espírito Santo seja o farol, o norte de nossas comunidades, realizando em nossos corações seus feitos, e que seus frutos, bem como seus dons, de modo especial a caridade, realizem novo ardor missionário no projeto da evangelização.
Uma Igreja pluralista: Que o amor seja o elo de unidade de nossa Igreja, que todos tenhamos um mesmo ideal e que todos trabalhemos para o mesmo fim, sem contudo sermos iguais. Que as semelhanças nos unam e que as diferenças de linguagem e método ajudem no enriqueci mento de nossas comunidades. A prática do dízimo leva ao respeito mútuo e nos dá a liberdade de expressão. Ser Igreja é muito mais que ser sócio de um clube.
Uma Igreja ecumênica: Que aprendamos também com o dízimo o livre diálogo com nossos irmãos protes- tantes; que estejamos abertos para criar pontes entre todos os membros desta imensa família que crêem Deus e em Jesus Cristo Libertador.
Uma Igreja pobre: O dízimo é uma fonte inesgotável de lições de desapego. Que possamos viver uma Igreja despojada e simples. Que possamos, na falta de templos, fazer de cada casa, garagem, barracão a Igreja dos pobres, celebrando a vida entre os irmãos.
Uma Igreja peregrina: O dízimo encaminha-nos rumo ao terceiro milênio. Indo de encontro aos homens, de qualquer nação, estamos no rumo certo. Que possamos dar passos cada vez mais corajosos e audazes na implantação do Reino no mundo. Uma experiência ad Gentes – ao encontro de todos os povos – transforma o mundo.
Uma Igreja missionária: A missão da Igreja é anunciar a presença do Reino de Deus no mundo dos homens. Para tal deve enviar homens evangelizados a todos os setores da sociedade em todas as partes do mundo, realizando o grande projeto de Cristo: a libertação por meio da verdade: “a verdade vos libertará”.
Uma Igreja dinâmica: O desafio da Igreja moderna é estar à frente das exigências dos nossos tempos. Para isso não pode ser estática, presa as estruturas e sistemas. É necessária muita criatividade e movimento constante. Ser
Aristides Madureira