Dízimo, também, é evangelização

Evangelizar é toda ação em favor do anuncio do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. É toda ação em favor da vida em Cristo. O evangelizador é impulsionado pelo seu Mestre Jesus: “ide pelo mundo e anunciai o evangelho a todas as criaturas” (Mc 16,15). Compromete-se com esse mandato, “ide por todo o mundo”, e sabe que será enviado a lugares não tão desejáveis: “eis que vós envio como cordeiros para meio a lobos” (Lc 10,3). Sabe, também, que o ministério da pregação é árduo: “em qualquer casa onde entrarem digam a paz esteja nesta casa; comam e bebam do que tiverem; cure os doentes, digam ao povo ‘o Reino de Deus está próximo’” (cf. Lc 5-9). Mas, quem deve evangelizar? A Igreja, por excelência é chamada a cada instante a revigorar o seu espírito evangelizador, o próprio Jesus nos garantiu: “Eu estarei convosco todos os dias até os confins dos tempos” (Mt, 28,20). É por Ele que a Igreja vive e age. A exortação apostólica Evangelii Nuntiandi (Paulo IV), refere-se de modo brilhante ao essencial da Igreja que é evangelizar: “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na santa missa, que é o memorial da sua morte e gloriosa ressurreição” (n. 14). Consequentemente todo o batizado como membro do Corpo de Cristo – a Igreja – é enviado a evangelizar, embora “a colheita seja grande, mas os operários são poucos” (cf. Lc 10, 2), todos os eleitos (batizados) são responsáveis pela evangelização, pelo anúncio do evangelho.

A Igreja no Brasil, desde 1962, ano que inicio do Concílio Vaticano II, publica as diretrizes, organizado pela CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, na época chamado: “Plano de Emergência para a Igreja do Brasil”. Hoje as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil são referência em nossa ação evangelizadora para as diversas dioceses, paroquias, planos e projetos pastorais de todo o país, assumidas em um período de quatro anos, impulsionando todo o serviço evangelizador. Estas últimas Diretrizes de 2011 a 2015 apontam cinco urgências na ação evangelizadora, a saber: 1. Igreja em estado permanente de missão; 2. Igreja: casa da iniciação à vida cristã; 3. Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; 4. Igreja: comunidade de comunidades; 5. Igreja: a serviço da vida plena para todos.

Como percebemos a Igreja, todos nós, eu e você, somos levados a evangelizar, porque para nós é uma necessidade anunciar a Boa Nova, a mensagem de Jesus. O Dízimo é uma das belas expressões de evangelização, por ele, sou responsável pela evangelização e sua manutenção. O gesto dizimal torna-se uma ação evangelizadora dentro do grande âmbito da Igreja. É tornar-se co-responsável pela evangelização. Você já buscou interar-se do que o dízimo de sua comunidade ou paróquia faz pela evangelização? Sem, exagero, diria que quase toda a evangelização é contemplada nas três dimensões do dízimo: religiosa, missionária e social, abrangendo toda a vida da comunidade (Igreja). Desde o que é utilizado na liturgia, na formação de animadores, o serviço aos irmãos mais necessitados, o repasse para a Diocese e a manutenção do seminário. Quantas ações em prol do evangelho é possível com o dízimo que você devolve ao Senhor. Dizimar é evangelizar!

Fraternalmente,

Padre José Ronnes dos Santos Santana

Paróquia São Francisco de Assis, Fátima-Bahia

Diocese de Paulo Afonso – Bahia

Contato: (75) 3658.2020

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