Não seja um gambá

Não seja um gambá

Há algum tempo ouvi uma expressão interessante para se referir a certos incômodos da vida. Dizia: “O ruim não é ser um gambá. O ruim mesmo é ter que agüentar a vizinhança”. Hoje, refletindo sobre o dízimo como mecanismo de fortalecimento da fé, lembrei dessa frase e decidi usá-la. O gambá é um pequeno animal silvestre que não incomoda ninguém, a não ser no caso de se sentir acuado, ameaçado. Ele se alimenta, entre outras coisas, de ovos o que quer dizer que ele precisa roubar de outros animais ou aves o seu alimento. Ao comer o ovo, não só se apropria do que não é seu como também impede o surgimento de uma nova vida que certamente seria gerada caso aquele ovo fosse chocado. Agora, o que incomoda mesmo no gambá é o seu cheiro. Quando importunado, ele expele um jato extremamente mal cheiroso com objetivo de afastar o invasor da sua privacidade. Bom, imagine só você ter que conviver com um bichinho desses. Daí, a expressão popular que citei no início. Só que o gambá não incomoda a si mesmo, ele incomoda os outros. Vejo que em nossa caminhada cristã, em muitos momentos corremos o risco de agir exatamente como o gambá. Nosso comportamento pode ser extremamente perturbador para os outros, mas nós mesmos não nos tocamos do quanto estamos sendo um peso para a comunidade. Nosso “cheiro” de pessimismo, de falta de colaboração, de falta de fé, de companheirismo, de ausência da responsabilidade pelo bem comum acaba por nos tornar um “gambá”, o que faz com que os outros sintam dificuldade em conviver conosco. E quando nos sentimos acuados, incomodados diante de um convite para assumir um trabalho na comunidade, para experimentarmos a graça da vivência do compromisso dizimal, imediatamente expelimos aquele desagradável odor da falta de tempo, da impossibilidade de condições financeiras, das desculpas esfarrapadas… Agindo assim, assumimos nosso gambá interior e o revelamos à comunidade. Fazemos com que toda a Igreja sinta o peso do nosso comodismo, individualismo e nos alimentamos, não do fruto do nosso próprio esforço, mas do fruto gerado pelos outros. Ao devorar o ovo prenhe de vida que a comunidade coloca em gestação, impedimos que uma nova vida brote dentro de nós mesmos. Sufocamos a vida nova que o próprio Senhor nos oferece no banquete da Palavra (para ser vivida) e da Eucaristia (para ser repartida) No livro “Dízimo Semente de Prosperidade”, da Editora O Recado, aprendemos que o dízimo é a semente das bênçãos de Deus que plantamos. Ora, se comemos a semente que deveria ser plantada e, se nada nos resta para plantar, também nada haverá a colher. Uma vida assim é pobre e se torna cada vez mais miserável da Graça de Deus. Portanto, repensemos nossas atitudes. Temos um ano inteiro pela frente e será importante para nós, e para todos, que não nos transformemos no gambá da comunidade. Xô gambá! Fraternalmente, Odilmar de Oliveira Franco MEAC São Paulo Apóstolo Palmeira – PR – (42) 9947 7212 begin_of_the_skype_highlighting              (42) 9947 7212      end_of_the_skype_highlighting www.meac.com.br – odilmar@meac.com.br

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