O dízimo que queremos Antoninho Tatto

Queremos implantar – e incrementar – na Paróquia o dízimo não porque seja obrigatório ou porque esta ou aquela igreja ou seita o praticam e têm com isso sucesso, mas sim como testemunho de uma Igreja que quer ver implantado definitivamente o Reino que constantemente pedimos “que venha na terra assim como no céu”. Para que isso aconteça queremos colaborar, também financeiramente, como gesto concreto. Por isso estabelecemos para nós mesmos, a exemplo dos primeiros cristãos, que é dízimo tudo o que ofertamos em nossas comunidades paroquiais com o objetivo de levar todos os fiéis a uma participação concreta na construção do Reino de Deus.
Esta participação privilegia três aspectos importantes que são as dimensões religiosa, social e missionária do dízimo.Com nossa participação concreta, damos à nossa paróquia as condições para organizar cada pastoral necessária, segundo as orientações da Igreja e a realidade local.
Com as pastorais, pela sua ação, temos o dever de buscar cada pessoa para celebrar, em comunidade, a fé em Jesus Cristo. E a cada um, pela vida comunitária, será oferecida a oportunidade de participar das liturgias, catequese e todos os atos inerentes, para que possa permanecer fiel a Deus e Dele não se afastar.
A dimensão religiosa abrange tudo o que uma paróquia deve fazer para que cada pessoa seja despertada, cresça e permaneça na fé.
Na vida comunitária a dimensão social leva à partilha dos bens com os necessitados. O atendimento aos pobres é sinal forte de que nossa fé não é um faz-de- conta, mas um compromisso sério de que queremos mesmo que o Reino do céu aconteça, de forma igual, na terra.
A experiência de Deus que vivemos em comunidade queremos partilhá-la com todas as pessoas, de todos os povos, em todos os lugares do mundo. Por isso, na dimensão missionária, devemos privilegiar todas as ações que levam a comunidade a refletir e se comprometer com a realidade externa da Igreja. De forma organizada e sistemática queremos participar dos projetos missionários que a Igreja propõe conjuntamente, ou até de projetos próprios que demonstram maturidade cristã. O Papa João Paulo II lembra que “uma Igreja sem a dimensão missionária é uma Igreja morta ou está doente”
Estas são as motivações que hoje, como ontem, nos levam a contribuir com o dízimo, que, repetimos, não significa rigorosamente a décima parte de qualquer coisa, e sim o máximo que cada pessoa dá de si para que o Reino de Deus seja uma realidade em nosso meio.

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