Ata da Assembleia do Meac 2021

ASSEMBLEIA MEAC janeiro de2021
Iniciamos a Assembleia com a Oração do Missionário Leigo.
Em seguida o Presidente Antoninho Tatto saudou a todos, de as boas vindas a cada membro à medida que se faziam presente numa janela do Zoom, dando destaque pela presença dos m issionários de Guiné-Bissau, Rosa Ross, Necha, Dr Francisco e Pe Antonio Imbombo. Com a presença de 31 missionários foi iniciada a Assembléia com a mensagem do Presidente.

RESUMO DA ASSEMBLEIA
No dia vinte e quatro de janeiro de dois mil e vinte e um, reuniram-se em primeira chamada, para 49a assembleia, os associados em pleno gozo de seus direitos sociais, comandada Virtualmente pelo aplicativo Zoom, devido a Pandemia do Coronavirus, à partir da Rua Marseille, 98 Vila Repreza, Cep: 04826-440, nesta Capital de São Paulo/SP, conforme Edital de Convocação para deliberarem sobre a seguinte pauta:1-Aprovação do Balanço de 2020, 2-Apresentação de novos candidatos, 3-Avaliação da ação missionária de 2020, 4-Apresentação dos relatórios dos Núcleos conforme assembleias locais, 5-Planejamento para um livro “História do Meac”, em comemoração aos 50 anos, 6-Outros assuntos apresentados pela assembleia. O  Presidente Antoninho João Tatto Primo abriu a assembleia acolhendo a todos os presentes, convocando a mim Dalva Cardoso de Oliveira Costa para secretariá-lo. 1-A tesoureira Fernanda Ines Rossi Tatto apresentou o balanço de 2020, sendo o  mesmo aprovado por todos. 2- Foram apresentadas as listas de missionários de cada Núcleo. 3-O presidente fez o relato, dos trabalhos realizados pelos respectivos núcleos. Deu destaque especial pela participação dos missionários do grupo de Guiné-Bissau com seu diretor espiritual Pe Antônio Imbombo. Todos os missionários presentes expressaram claramente o desejo de continuar nesta experiencia extraordinária de ser missionário leigo pelo Meac. 4-Houve apresentação de relatórios dos núcleos conforme as assembleias locais, relatos das atividades que cada núcleo desenvolve. 5-Foi refletido sobre o Planejamento para um livro “História do Meac”, em comemoração aos 50 anos em 25 de janeiro de 2022. Foi ressaltado que devemos comemorar os 50 anos do Meac, como testemunho de um grupo de Missionários Leigos, com testemunhos dos missionários, sua caminhada no Meac, de Bispos, Padres e Leigos, que de alguma forma tiveram participação expressiva nestes 50 anos. Ficou definido que o livro deverá contemplar a história do Meac, testemunhos dos missionários e reflexões missionarias como memória dos processos formativos de cada membro e para despertar em outras pessoas a vocação missionária. Este livro deverá ser entregue a todos os missionários, em quantidades necessárias para cada um ter e distribuir a amigos que acompanharam sua trajetória missionária. Durante o ano de 2021, devemos elaborar materiais com a participação de todos. 6-Como outros assuntos, foi trazida uma proposta para que o livro da História do Meac seja disponibilizado gratuitamente no formato digital para todas as Paróquias. Em seguida houve renovação do compromisso anual de todos os missionários logados pela internet no aplicativo Zoom, cada um colocando sua mão sobre a Bíblia, proferindo a fórmula do compromisso. Pe Antônio Imbombo acolheu o compromisso de todos. Ficou a orientação para os missionários que não puderam participar, que renovem seu compromisso na comunidade do seu núcleo. Tivemos ainda a participação do nosso diretor espiritual Fradão que nos encorajou a seguirmos em frente, sempre fiéis a Jesus Cristo, sem medo das perseguições que são próprias de quem segue com fidelidade as diretrizes da Cruz de Jesus. Não havendo mais outros assuntos o presidente encerrou a assembleia agradecendo a disponibilidade e contribuição de todos.

Mensagem do Presidente Sem dúvida este é um momento histórico de grande importância na nossa caminhada missionária. O Meac completa 49 anos. Jamais imaginamos um ano como 2020, atingido por uma Pandemia do Coronavirus, COVI-19,  com a morte milhões no mundo todo, atingindo de forma dramática o nosso Brasil. Inusitado o que estamos fazendo, uma assembleia virtual. O mundo girou nesses 49 anos de forma vertiginosa. Quantas mudanças assistimos, de quantas participamos e até fomos agentes vanguardistas em muitas coisas que não se tinha notícias, ou conhecimentos de experiências semelhantes, “missionários leigos”, organizados em grupo para Evangelizar. A cada ano com suas preocupações,  vitórias, muitas dificuldades, desafios que surgiam, próprio de uma iniciativa sem bases históricas para ter como modelo, precisando construir a sua própria caminhada com erros e alguns acertos. Mas com tudo isso, chegamos a esta assembleia virtual com recursos jamais sonhados, apenas duas décadas passadas. A possibilidade extraordinária de podermos dialogar, embora sem o calor da presença, mesmo assim com possibilidade de olhar um para o outro, graças a tecnologia da imagem  transmitida pela internet. O mundo se preparou para este momento. Nos preparou para novos momentos. Desnecessário se faz nos alongar com momentos de incertezas durante os quarenta e nove anos, quando, nas nossas assembleias nos  erguntávamos: para onde iremos, que caminhos seguiremos, como venceremos os desafios que temos pela frente, quem nos ajudará a encontrar respostas a tanto questionamentos que trazemos no coração, muitas vezes com dificuldades de externá-los. No entanto, sem muita clareza, seguimos sempre em frente, esperançosos de realizações que pudessem ter como consequência a sensação do dever cumprido, de objetivos alcançados, de vidas melhoradas e, principalmente de uma história que pudesse não só nos inspirar, mas motivar muitas pessoas para realizarem o que nos impõe o batismo, fidelidade à missão. Com a graça de Deus, e só pela graça de Deus, chegamos até aqui diante desta nova realidade que exige discernimento, coragem e, mais do que nunca, determinação para continuar. O que nos motiva hoje a não parar? Precisamos conhecer e sentir a resposta, ou pelo menos, como no passado, confiar e decidirmos esperançar.
Aprendemos lá atrás com nossos fundadores, exímios comunicadores, que é fazendo que aprendemos fazer melhor.
Foram pioneiros inspirados e arrojados, que nunca renunciaram diante das dificuldades. Eles nos ensinaram que, embora sem apoio, muitas vezes bom e necessário, sem todos os conhecimentos necessários, mesmo assim, era preciso continuar. Como das primeiras horas, certamente não nos faltará a ação do Espirito Santo para nos animar.
Na primeira hora foi pela televisão que nossos irmãos mais velhos evangelizavam. Quando não puderam mais, não tiveram medo de se lançar nas estradas para continuar a mesma missão. Acrescentaram, como ferramentas eficazes em suas jornadas missionárias, livros para o aprofundamento cristão, necessidade que sentiram à medida que visitavam as comunidades e as pessoas perguntavam se não tinham livros que pudessem ler sobre esta nova experiencia missionária. Escrevem seus próprios testemunhos e, descobrem uma via sem fim de possibilidades de evangelizar de novas formas. E foi assim que seguimos todos nós, visitando comunidades, escrevendo livros, testemunhando, caindo, levantando, despertando novas possibilidades para comunicar a Palavra. O que seria hoje a nossa motivação para continuar? Quando recebemos uma mensagem lá da Africa, de Maputo em Moçambique, do nosso missionário Joaquim Mondlaine nos comunicando que depois de coordenar a missão na Arquidiocese, embora enfraquecido o grupo, ele continua firme em seu propósito de evangelizar alcançando grandes voos até com programa de rádio. Diante das dificuldades buscou uma forma de continuar o trabalho. Isso nos encoraja, nos inspira
e anima. Quando a nossa querida missionária de Guiné-Bissau, a Necha, nos envia suas mensagens e, constantemente se solidariza com cada um de nós, nos dá a certeza que a missão valeu apena até aqui e nos incentiva a continuar.
Quando temos a atenção e o carinho de Pe Antonio Imbombo de Guiné-Bissau, que manifesta sua alegria e gratidão pelo que foi feito naquelas terras, nos entusiasma. Alegria imensa quando nos manda qualquer mensagem, mostrando sintonia e proximidade. Quando lembramos do Dr. Francisco de Guiné-Bissau, apaixonado pelo exemplo de Santa Tereza de Calcutá, faz dela seu modelo de dedicação a tantos doentes e tem, além disso, a preocupação com os sacerdotes que o rodeia, com seu bem estar, nos mostra o quanto um leigo consciente pode ser a diferença no mundo. Lembrar do Pe Geraldo Magela e todo trabalho que desenvolveu, e continua fazendo, em muitos lugares em Moçambique, da sua humildade em contar com o Meac para abrir frentes jamais pensadas antes naquele país, nos põe a pensar, nos dá uma pontinha de orgulho e nos impõe responsabilidades. O Francisco Sobrinho, nosso missionário de Manaus AM nos deixou um testemunho de perseverança. Na casa do Pai intercede por nós, como tantos outros missionários que lá estão, que viveram de forma exemplar suas vidas de “missionários leigos”, homens e mulheres, todos nos dando força, nos encorajando.
Então, temos motivo para continuar? De que forma faremos isso?
O que está acontecendo nesta assembleia virtual, não seria uma dica?
Ato contínuo, o presidente passou a palavra ao Vice Presidente Bruno Rossi que transmitiu sua mensagem . Antes porém nos lembro que 24 de janeiro era o dia de,São Francisco de Sales, em seus 56 anos de vida, não buscou a santidade somente para si, mas também para os outros. Evangelizou e propagou a sã Doutrina com a ajuda da imprensa, através de suas pregações, mas principalmente, com seu testemunho. Conseguiu expressar com seu amor e sua vida, a mansidão do Senhor.
Devido ao seu estilo e ao conteúdo de seus escritos, foi instituído o Patrono dos escritores e jornalistas e consagrado Santo e Doutor da nossa Igreja, um grande modelo para o Meac.
Mensagem do Vice Presidente Bruno Domenico Rossi – MEAC- Dias D’Ávila Aproximando-nos das “Bodas de ouro” do MEAC, tendo já percorrido uma longa caminhada, superando muitas dificuldades e vencendo várias crises, e agora deparando-nos com nova realidade, cada vez mais desafiadora, é muito justo que nos perguntemos: “Qual o futuro do MEAC? Ainda tem lugar para o MEAC na nova caminhada da Igreja?”
A resposta a estes legítimos questionamentos me parece ser simplesmente esta: “Tudo depende da fidelidade do MEAC aos ideais dos seus fundadores. Assim como a credibilidade da própria Igreja depende de sua fidelidade ao Evangelho, o futuro de cada ordem ou congregação religiosa depende da fidelidade dos seus membros aos ideais do seu fundador ou fundadora, também o futuro do MEAC depende da fidelidade aos princípios que inspiraram a sua criação, há quase cinquenta anos atrás”.
Por isto se faz necessário lembrar e tornar cada vez mais conhecidos os ideais do MEAC para que sejam assumidos e vividos pelos seus membros. Esta é a garantia não apenas da sobrevivência mas da fecundidade do MEAC no futuro da Igreja.
Há mais ou menos 17 anos atrás, sendo na época Diretor Nacional do MEAC, publiquei um documento com este titulo: “1972-2003: MEAC rumo à maturidade. Orientações para uma nova caminhada, conforme as orientações dos recentes documentos da Igreja Data: 26 de Outubro de 2003”. O MEAC tinha completado 31 anos de vida. Perto de completar 50 anos, avançando na idade e no amadurecimento, acho oportuno retomar, na forma mais sintética possível, alguns dos itens expostos naquele escrito. São eles: nossa história, nossa realidade, nossa espiritualidade, nosso carisma, nossa missão, nossos princípios e valores, nossa ação missionária.

1- Na introdução da reflexão apresentada estava escrito: Não é por acaso que o MEAC existe.
O Espírito Santo suscitou nos seus fundadores e nos seus pioneiros o desejo e a disponibilida de para servir a Igreja, correspondendo às necessidades do seu tempo: evangelizar, criar e animar comunidades. Atendendo aos apelos do Concílio Ecumênico Vaticano IIo, que redescobriu a identidade e a missão dos leigos, o MEAC nasceu como uma resposta onde os leigos se comprometiam a formar mais leigos empenhados na construção do Reino de Deus.
2- Referências históricas Ao longo de quase meio século o MEAC tem realizado a sua missão de evangelizar e animar comunidades. No decorrer do tempo, com a expansão do MEAC por várias regiões do Brasil, e fora do Brasil, ele tem correspondido à sua vocação de acordo com a realidade na qual foi se inserindo, usando os meios mais adequados: viagens missionárias, palestras, meios de comunicação social, implantação e animação da pastoral do dízimo em milhares de paróquias, no Brasil e no exterior, escolas de formação de lideranças, como a Escola Fé e Vida, ministério da visitação como as “Missões em seu lar” e, principalmente, a atuação dedicada e discreta nos serviços e pastorais das comunidades onde os membros do MEAC estavam presentes.
Reconhecidamente o MEAC tem sido uma referência missionária tanto para a Igreja do Brasil como de outros países.
3- Nossa realidade Presente em várias partes do Brasil e alguns países da África, o MEAC conta com uma centena de membros. Tem grupos do MEAC em São Paulo (capital e interior), Bahia (Feira de Santana e Dias D’Ávila), Rio grande do sul, Amazonas (Grupo de Manaus), e na África em Maçambique e Guiné Bissau.
Um “pequeno rebanho” mas seriamente comprometido. A maioria dos membros do MEAC está empenhada prioritariamente na animação da pastoral do dízimo, vista como meio de evangelização para despertar nos cristãos o espírito de partilha.
Todos os missionários do MEAC estão comprometidos com a própria comunidade da qual participam e há membros do MEAC que se dedicam de modo especial à intercessão que, conforme o dizer do Papa Francisco, “é a ação missionária mais importante”.
O quadro geral do MEAC contudo, está nos mostrando um real envelhecimento dos seus membros e a necessidade de uma renovação. É assunto para se pensar com seriedade e com bastante urgência.
4- Nossa espiritualidade Nenhuma organização poderá torna-se uma comunidade viva da Igreja a produzir frutos sem uma profunda espiritualidade.
Por isto o MEAC é chamado a viver a sua espiritualidade característica conforme as orientações dos estatutos: a) Adesão a Cristo, o Missionário do Pai, seguindo o exemplo de são Francisco de Assis. b) Fidelidade à Igreja c) Alimentar diariamente o espírito de oração através da leitura da Palavra de Deus. d) Colocar a Eucaristia no centro da nossa espiritualidade, devendo ser vivida o mais assiduamente possível. e) Amor filial a Nossa Senhora, Estrela da Evangelização. f) Neste ano dedicado a São José podemos acrescentar também: devoção profunda a São José, esposo de Maria, pai adotivo de Jesus, padroeiro da Igreja e, ao lado de Nossa Senhora, exemplo de obediência à vontade de Deus e de entrega total ao projeto da Redenção, modelo de dedicação à família e ao trabalho e tudo no escondimento, na humildade e no silêncio: Um verdadeiro espelho para todos os missionários leigos da Igreja de Jesus. g) Nosso Carisma O carisma é como o DNA de uma entidade religiosa, o que define a sua razão de ser, aquilo que a caracteriza. O carisma do MEAC foi se revelando ao longo da sua caminhada e hoje poderia se definir assim: Associação de leigos cristãos a serviço da vocação de todos os batizados para a missão. Explicitando: Associação, porque o MEAC constitui união de pessoas. Leigos, porquê a laicidade é a característica dos participantes do MEAC; cristãos, porque os membros do MEAC são discípulos de Cristo que buscam viver a coerência da sua fé no Senhor; a serviço da vocação de todos os batizados para a missão, porque o MEAC tem por finalidade colocar-se a serviço de todos os irmãos para que eles também despertem a consciência do seu batismo e assumam a missão confiada a eles na família, na Igreja e no mundo.
5) Nossa Missão O carisma define a Missão do MEAC. Ele tem por fim a formação dos leigos. Trata-se de formar os seus membros, preparando verdadeiros missionários de Jesus Cristo e colaborar na formação humana e cristã dos demais membros da Igreja para que correspondam à vocação recebida no batismo.
6) Prioridade da nossa ação missionária:
a) Formação permanente dos próprios membros do MEAC através de: encontros frequentes dos participantes de cada núcleo, retiros ou jornadas de espiritualidade, cursos, estudo pessoal, participação na Escola Fé e Vida b) Formação de lideranças nas paróquias por meio de escolas ( como a Escola Fé e Vida), criação de centros de formação missionária; publicação e divulgação de literatura voltada para a formação humana e cristã do povo de Deus; uso dos meios de comunicação, principalmente fazendo bom uso das redes sociais em todas as suas modalidades c) Evangelização por meio de: visitas familiares, e animação da pastoral do dizimo, dentro dos princípios da partilha e da solidariedade evangélica.
d) Colocar-se a serviço da Igreja local e assumir com plena disponibilidade a missão que for confiada ao grupo do MEAC ou a cada missionário individualmente.
7) Conclusão.
Pelo Batismo, Deus nos chamou a ser e fazer discípulos do Senhor. Em comunidade, unindo nossas forças às dos nossos irmãos que caminham conosco na mesma vocação, teremos condições de realizar a missão que nos foi confiada. Aqui está o valor e a graça de caminharmos juntos, vivendo o mesmo ideal no MEAC. O MEAC é um dom do Senhor para a sua Igreja.
Nós fomos convidados pela sua graça a participar e colaborar para que o MEAC realize a sua missão de evangelizar e animar comunidades.
Na medida em que o MEAC cumpre a sua missão, nele cada um de nós se realiza e realiza sua vocação, e garante ao MEAC a certeza de que para ele terá sempre um lugar no Corpo Místico de Jesus Cristo.

Que a Virgem Maria, estrela da Evangelização, São José e os Santos que já lidaram nas fileiras do MEAC, acompanhem e iluminem nossa caminhada.
Tivemos na sequencia a mensagem do missionário Wagner.

AS PORTAS DOS CINQUENTA
(Mt 22, 1-14) Estamos chegando lá, bem próximos da grande data dessa nossa história de loucura evangélica. Muitos foram os chamados nessa trajetória, mas poucos chegaram até aqui. Poucos os escolhidos, os privilegiados pela perseverança, os convidados para a festa. Um ano pela frente, cercados ainda pelos lobos da estrada, pela insegurança que nos marca, pela pandemia que nos assusta. Chegaremos juntos? O convite está no ar, ainda nos chama, ainda grita em nossos ouvidos, para que não percamos a beleza dessa festa, a alegria das bodas com a graça do Senhor presente entre nós.
Lembra bem aquela parábola depois da aclamação de uma entrada triunfal na cidade santa. Tinha que ser neste contexto de alegria, de euforia pela caminhada… Tinha que ser neste momento… Jesus contou-nos essa parábola depois que alguns chefes de sacerdotes e líderes religiosos questionarem sua autoridade… “Com que direito fazes tais coisas?” Quantos de nós, meaquinos, não ouviram tal questionamento em determinadas circunstâncias? Quantas vezes não fomos pressionados a parar, a nos colocar de volta à nossa condição de leigos apenas, de simples cristãos sem voz, sem autoridade, sem as devidas ordens e unções eclesiásticas… Quantas vezes fomos barrados, não no baile, mas na ação pura e simples de exercer um direito batismal, um mandato legítimo e sacramentado que nos foi concedido numa pia de águas puras, correntes, cristalinas como a verdade que nos revelou o Mestre: “As bodas com efeito estão preparadas, mas os que tinham sido preparados não eram dignos. Ide, pois às encruzilhadas e a quantos encontrardes convidai-os para as núpcias” (Mt 22, 8-9). Entre os inválidos, servos inúteis, coxos, pobres criaturas das periferias existenciais, encontramo-nos nós, os meaquinos, operários do último momento, da mais baixa categoria…
Então o Rei nos chama, conta conosco para a festa do seu Filho, o príncipe herdeiro… Para as pessoas simples, um leigo missionário é visto com desconfianças e desvalorizado por muitos da cadeia eclesial que inventamos.
Ser convidado pelo próprio Rei para uma festa tão especial, um quase encontro com seu Filho em júbilo pelas núpcias com sua Igreja, deveria ser motivo de grande alegria e honra pessoal. É o casamento do futuro Rei. É um momento de expectativas para o grupo de novos convidados, os operários de última hora que chegam para dar mais brilho à festa, participar concretamente do banquete, escolhidos a esmo, sem muitos critérios, senão sob a condição da disponibilidade serviçal e das necessidades primárias de se sentirem valorizados momentaneamente, saírem de suas insignificâncias e sentirem pessoalmente a alegria de um momento único para o Senhor da Festa, o dono da casa em júbilo.
Muitos os chamados, mas poucos os escolhidos. Entre os chamados, com certeza, estavam grandes líderes, pessoas notadamente capazes, autoridades em religião, em doutrina, em conhecimentos teológicos e morais, cidadãos honrados, mas que rejeitaram o convite porque tinham mais o que fazer, do que se ocupar… Não só recusaram, mas agrediram, machucaram e mataram os servos que faziam o convite… Quantos de nós assim foram tratados nestes quase cinquenta anos! Quantos servos inúteis ficaram pela estrada, tombaram feridos pelos algozes da indiferença, da incompreensão das autoridades.
De certa forma, esta é também a história do MEAC, a nossa história. O contexto da parábola não nos deixa fora da realidade de rejeição que o trabalho missionário de leigos provocou dentro de muitos setores da igreja.

Sentimos isso em várias circunstâncias. Mas a autoridade vinda do alto deu-nos a legitimidade necessária para participarmos dessa festa dos excluídos… O Senhor nos reuniu no seu amor, poderíamos dizer agora. Dentro dessa festa havia um sem as vestes nupciais, sem o devido traje oficial, um quase “judas” a destoar da harmonia do banquete. Quantos desses conhecemos, sem, no entanto, apontar-lhe o dedo, pois a autoridade do julgamento não era mérito nosso. Nunca foi. Por isso, neste momento de alegria e reconciliação, não vamos julgar nossos pares, colocar sobre seus ombros o peso de alguns fracassos, o julgamento de seus atos ou omissões que destoaram de nossa história. Todos os que aqui marcaram presença, com ou sem a legitimidade da veste nupcial, o estado de graça necessário para participar ou não da vida missionária, a alma pura e destemida para merecer a alegria dos escolhidos, isto só Jesus para avaliar… Todos tiveram seus méritos, marcaram suas vidas com o privilégio de se sentirem chamados. A escolha é divina, pessoal. Mas o convite é para todos. A ideia de ir por toda parte, pelos becos, ruas e vielas, pelos campos e pelas cidades, é a dinâmica da missão, que os servos do Rei recebem em dois momentos distintos. No primeiro instante são repelidos, rejeitados pelos grandes, pelas autoridades constituídas, pelos sacerdotes e religiosos, porque tinham mais o que fazer, com que se preocupar, do que aceitar a grandiosidade e o valor histórico daquele momento, a festa da nova e eterna aliança entre Deus e os homens. O segundo momento foi quase um arrastão divino, onde todos, bons e maus, são os convidados de última hora. Neste grupo estamos nós. Para o MEAC, este momento histórico se reveste do júbilo, do privilégio, da compreensão de que, apesar de nossa pequenez e insignificância, merecemos um lugar à mesa donde fluem bênçãos e dádivas divinas pela confraternização entre Deus e os homens. Esse é o grande mistério que cerca a obra da Evangelização. Se estamos ou não devidamente trajados, se a roupa que nos cobre é pobre, nos faz tímidos, nos deixa envergonhados diante da grandiosidade do momento, não nos preocupemos. Adão, no Paraíso, também se sentiu assim, se descobriu despido, nu diante de Deus, pois reconhecia seus pecados. As roupas adequadas para continuarmos nesta festa serão dadas por Deus. Para merecermos o privilégio de sua escolha, seu chamado à missão que um dia recebemos. 
A aparente inutilidade dos servos é repelida solenemente nesta festa nupcial. É Jesus quem nos diz, em especial neste momento histórico para o qual nos preparamos hoje: “Já não vos chamo de servos, porém amigos”. Possamos compreender esse novo jeito de servir a Cristo em nossa caminhada missionária. Somos amigos do Filho. Somos os servos do Rei. Somos os operários de última hora. O Senhor continua a valorizar nosso serviço. Cristo continua a nos chamar. Como Isaías, não percamos a disponibilidade pelo privilégio deste chamado em nossas vidas. “Aqui estou, Senhor, envia-me”! 
De Manaus recebemos a mensagem do missionário Pimentel Segue relatório de atividades do grupo no ano 2020 e perspectivas para 2021:

AÇÃO MISSIONÁRIA
Em 2020 a agenda de missão do grupo era intensa e tinha tudo para ser frutuosa, como segue:
1 – Interior: Aprofundar a evangelização – Presidente Figueiredo – Paróquia Nossa Senhora do Perpetuo Socorro (estradas, ramais e igarapés); Área de missão Imaculado Coração de Maria – Rio Tarumã Mirim – nas comunidades ribeirinhas.
Nosso propósito era ajudar os membros das comunidades locais, desde a organização (gestão) das comunidades até a formação de catequistas para ministrarem a catequese dos primeiros sacramentos;
2 – Cidade: Encontro de formação em escolas de Teologia Pastoral de várias paróquias, o ano todo.
3 – Incrementar a projeto dízimo mirim, em nível de setor e de região episcopal da Arquidiocese de Manaus.
Porém, devido a pandemia que se alastrou pelo mundo inteiro, nada ou quase nada foi realizado.

ENTUSIASMO DO GRUPO
Com o distanciamento social, decretado pelo governador do Amazonas, em decorrência da pandemia e, a adesão ao decreto por parte do Arcebispo, todas as reuniões e encontros na Igreja foram proibidos, com isso o entusiasmo dos membros do grupo desabou, visto que são os desafios das missões que nos move e alegra os corações. Há muita ansiedade para o recomeço.
Tentamos animar o grupo com reuniões virtuais, mas, não obtivemos êxito por vários motivos, porém o preponderante foi a falta de domínio da tecnologia de comunicação, por vários membros do grupo.

PERSPECTIVAS PARA 2021
Em conversa, pelo celular, com os responsáveis das paróquias e escolas, é nosso desejo realizar toda a programação não realizada em 2020; isto se tudo voltar a normalidade, mas infelizmente o Arcebispo suspendeu qualquer reunião na Igreja até 20 de fevereiro 2021.
A missionária Adenira em parceria com o Daniel estão transformando os encontros sobre o dízimo mirim em cartilha do dízimo mirim, com o objetivo de facilitar a implantação em nível Arquidiocesano.
Nossa intenção, depois da partida do missionário Francisco Sobrinho, é reorganizar o grupo redistribuindo as funções para uma melhor gestão.

APROFUNDAMENTO DO CARISMA DO GRUPO
No início da pandemia, combinamos que cada missionário(a) buscaria sua formação pessoal da melhor forma que lhe fosse conveniente. Para ajudar os membros do grupo, na formação pessoal, o Pimentel, responsável pelo serviço de formação dos membros do grupo MEAC, constantemente publica no grupo de WhatsApp, artigos publicados em sites de diversas instituições de ensino religioso colabora na referida formação pessoal de cada membro.

ADESÃO E PERDA
Temos o Daniel que se juntou a nós em 2019, porém sua experiencia na missão do grupo foi interrompida devido a pandemia.
Infelizmente, como já é sabido, nosso missionário Francisco Sobrinho fez sua pascoa, no primeiro dia de 2021, fato que nos pegou de surpresa.

COMENTÁRIOS DOS MEMBROS
DANIEL – “Sou novato e meu primeiro ano já foi parado por em decorrência da covid- 19. Infelizmente a experiência que era para eu ter, ainda não tenho. Estamos em prova, em um deserto escaldante, sem sandálias, sem nada na cabeça, com sede e fome. Sabemos que tudo isso vai passar, mas até lá precisamos continuar andando e orando”.
CONCEIÇÃO – Tenho bom relacionamento com os membros do grupo; gosto muito de ir às missões; sou feliz por fazer parte do grupo. Apesar de tudo que está acontecendo, temos que continuar firmes, buscando força na Palavra de Deus e fazer com que esta Palavra chegue nos corações de muitos irmãos que necessitam. Nossa missão é de saída; visita às famílias no interior e na cidade, mostrando a verdade do Evangelho para que todos possam partilhar os dons e os bens como gratidão a Deus.
Lamento a perda do missionário Francisco Sobrinho. Eis-me aqui, Senhor!

RELAÇÃO DOS MISSIONÁRIO(A) DO GRUPO
1. JOSÉ PIMENTEL LEAL RENOVA
2. MARIA DA CONCEIÇÃO FIGUEIREDO DOS SANTOS – RENOVA
3. FRANCISCO CLAUDIO DA SILVA MENDES – RENOVA
4. CLEOMAR CAVALHEIRO LEAL – RENOVA
5. JANETE DA MOTA ALMEIDA – RENOVA
6. ADENIRA SOUSA PINTO – RENOVA
7. VANDERLENE MARTINS MAIA DE OLIVEIRA – RENOVA
8. MARIA DO ROSÁRIO FERREIRA DE SOUSA – NOVATA PRIMEIRA VEZ
9. FRANCISCO ROSIVALDO LIMA – NOVATO PRIMEIRA VEZ
10. HÉRICA SANTIAGO ARAÚJO LIMA – NOVATO PRIMEIRA VEZ
11. SANTANA DE OLIVEIRA PICANÇO – NOVATO PRIMEIRA VEZ
12. DANIEL SANTANA DE OLIVEIRA – NOVATO PRIMEIRA VEZ
NOTA: Para os(as) novatos(as), nossa intenção é organizar uma celebração aqui para que eles possam professar o compromisso solenemente.

JOSÉ PIMENTEL LEAL.
Mensagem de Guiné-Bissau por Dr Francisco Aleluia Remeto para o vosso conhecimento e requerida apreciação a Agenda Missionária Diocesana da Pastoral do Dízimo e os resultados alcançados no primeiro trimestre do ano pastoral.
Se concluiu a primeira agenda de visitas as paróquias de Bissau e; dai; se tenha acordado assumir as 5 novas estratégias de alinhamento pastoral para assegurar o Grande Reinicio da Pastoral do Dízimo. Em síntese:
1.- Mobilização, inscrição obrigatória e integração de responsáveis de Grupos, movimentos pastorais de cada paroquia.
2.- Inscrição obrigatória e formações aos catequistas sobre o Dízimo e introdução gradual de módulos de dizimo aos catequisandos.
3.- Formação e nomeações de 3 membros – delegados por paróquia, a criação da Equipa de Comissão de pastoral de Dizimo das vigararias forâneas diocesanas.
4.-Realizações de eventos religiosos.
4.1.- Campanhas Missionarias de sensibilização e integração de fiéis.
4.2.-Jornadas de formações, avaliações e monitorizações de responsáveis das equipas pastorais das paroquias.
4.3.- Realização do Fórum Missionário de Leigos Católicos da Guiné – Bissau.
a) Estados gerais sobre as iniciativas laicais de suporte a Cúria Diocesana (Pastoral do Dízimo, Jornada Diocesana do Bispo e demais).
Eis a proposta do Plano de Atividades- Pastoral do Dízimo 2020/21 realizados ou a realizar.
1.- Agenda de Visitas para monitorização e avaliação do Estado de Dízimo das paroquias.
1.1.- da vigararia de Bissau – de 11 de Outubro à 29 de Novembro/2020.
1.2.- das vigararias do Interior – de janeiro à Março/2021.
2.- Eucaristia ‘ Celebração da Partilha ‘ – 13 de Dezembro de 2021 – igreja de Antula.
3.- Reunião de Coordenação da Comissão Diocesana – Dízimo _ semanal aos sábados a partir das 17 horas – igreja de N.Sra.de Fátima.
4.- Conferência Geral Diocesana da Pastoral do Dizimo – Abril de 2021 em Bissau.
A) Avaliação semestral do Plano de Atividades e novos alinhamentos estratégicos para o desenvolvimento da Pastoral do Dízimo.
5.- Confecções e vendas de: Agenda anuário 2021, calendário anuário 2021 e camisas com distintivos do Dízimo.
Em Dezembro de 2020.
6.- Proposta de nomeação de pontos focais das paróquias das vigararias e da Comissão da Pastoral do Dízimo das vigararias. Até Fevereiro de 2021.
De cada região, pelo menos um participante teve oportunidade de deixar sua mensagem, assim se manifestaram Enio, Fonseca, Daniel e Monica.
Com a renovação do compromisso missionário para mais um anos, encerramos a assembleia com a participação de todos, ficando apenas a diretoria para os devidos encaminhamentos conforme já explicitado acima no resumo da assembleia. De modo especial o encaminhamento do Livro da História dos 50 anos do Meac que devemos lançar em comemoração na próxima assembleia em 2022. Para isso é importante que cada missionário que deseja ter seu testemunho no livro, que escreva e encaminhe o mais breve possível, pois, temos pouco tempo para isso, março devemos entregar para a Editora. Conte sua história no Meac, como conheceu e porque aderiu e o que foi relevante para vocês estar este tempo todo acompanhando o grupo.
Nosso missionário Joaquim Mondelaine de Moçambique encaminhou e-mail perguntado sobre a Assembleia. Não houve possibilidade técnica para participar.
Nesta assembleia tivemos a ajuda do filho de Wagner e Célia, Luciano Negrão Menezes que nos assessorou tecnicamente com o Zoom, ao qual agradecemos.
Recebemos mensagem da Sara, filha do Fonseca que caminhou conosco por muitos anos.
“A imobilidade e o silêncio não são inativos.
A flor preenche o espaço com perfume, a vela com luz .
“Elas não fazem nada, porem elas mudam tudo pela sua simples presença “
Essa sou eu, não estou presente no Meac , mas tenho um orgulho imenso de que existam e sigam perfumando esse mundo tão duro!
Parabéns, são medalha de ouro na vida !

Meac 2021 ! “ Sara Fonseca.
Avaliamos que a assembleia virtual foi um sucesso, considerando que 31 missionários se fizeram presente. Tivemos ausências de muitos missionários, que lamentamos muito, por não terem conseguido acessar os Links devido a alguma deficiência técnica. Certamente nas próximas reuniões virtuais, mas missionários estarão participando.
Aproposito, na reunião final com a diretoria foi sugerido que façamos reuniões virtuais periódicas. É uma forma de nos mantermos próximos, e dominarmos melhor as tecnologias. No nosso Whatsapp e nos e-mails, receberão convites que serão marcadas com dia e hora de inicio, recebendo alguns minutos antes o LINK. Solicitamos que, os missionários que ainda não tem experiência de usar o Zomm, procure alguém para ajudar. É só fazer uma vez que aprende, é muito fácil entrar na sala quando recebe um Link.

Estamos felizes, somos irmãos, queremos perseverar na missão.
Que Deus nos ajude.

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