Moçambique – Subiu para 68 o número de mortos nas cheias em Moçambique – 39 na província de Gaza – mas há muitas pessoas desaparecidas, segundo o balanço feito esta segunda-feira (dia 28) pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades. O número inclui o total de vítimas desde o início das chuvas, em Outubro. Citada pela RDP África, a porta-voz do instituto, Rita Almeida, confirmou uma “ligeira tendência de redução” do nível das águas nas bacias hidrográficas e um abaixamento das águas do rio Limpopo. Mas, disse à AFP, pode haver novas inundações na bacia do Zambeze. “A previsão é de mais chuva na província da Zambézia e no Norte de Sofala.” Rita Almeida quantificou em 112 mil o número de desalojados, mas a porta-voz das Nações Unidas em Maputo, Patricia Nakell, divulgou também, esta segunda-feira, números mais elevados: 150 mil, só na província de Gaza.As Nações Unidas divulgaram na sexta-feira uma estimativa de 15 milhões de dólares (mais de 11,13 milhões de euros ao câmbio actual) para financiar as operações humanitárias, mas o valor deve revelar-se curto. Na altura, o número de desalojados estava quantificado em cerca de 70 mil. “Em coordenação com o Governo de Moçambique lançaremos em breve um apelo aos nossos parceiros para disponibilizarem fundos adicionais para ajudar a lidar com esta emergência”, disse Jennifer Topping, coordenadora humanitária para Moçambique. A forma como o Governo tem lidado com as cheias tem sido criticada, quer pela oposição quer por vozes independentes.