Em 2021, em plena pandemia da Covid 19, descobrimos que era possível continuar a missão evangelizadora de forma virtual, com boa aceitação pelos participantes.
Em 2022, aprimoramos a ferramenta e iniciamos o ano participando de escolas de formações teológicas, com a metodologia do MEAC sobre o Dízimo, Oferta e Celebração da partilha, com foco nos fenômenos: O que é o Dízimo e Oferta, como organizar a Celebração da Partilha etc.
Em determinado momento, percebemos que os participantes virtuais, já estavam bem familiarizados com o assunto e o interesse de participar foi diminuindo. Aqui enxergamos que precisávamos oferecer algo diferente.
Há algum tempo, tínhamos percebido que o fracasso da missão evangelizadora das Pastorais era a falta de conhecimento de gestão pastoral, pois tudo era feito de forma desorganizada, sem planejamento e plano de ação para medir a eficácia da missão. Oferecemos esse novo jeito, missionário, de evangelizar e foi aceito por muitas paróquias.
Com a liberação das reuniões presencias, a proposta se tornou realidade e o MEAC conseguiu atender dez paróquias, abrangendo sessenta comunidades, em Manaus; atendemos também dois municípios – Careiro da Várzea e Borba, abrangendo mais setenta comunidades. Desta feita não só para a Pastoral do Dízimo, para as outras pastorais que ainda não estavam bem-organizadas; os párocos deram ênfase para a formação do Conselho Pastoral Paroquial (CPP), que ficaria responsável de repassas a formação Gestão Pastoral em toda a Paróquia.
Nosso projeto Dízimo Mirim, uma catequese familiar está ganhando adesão além da expectativa; nossa cartilha sobre o Dízimo Mirim está no forno e deve ser lançada neste ano de 2023.
Paro 2023, decidimos em assembleia, aperfeiçoar o novo jeito de evangelizar – Gestão Pastoral, acrescentando a formação para líderes – Como ser líder na Igreja Católica, missão que já está sendo divulgada e os chamados já começaram a aparecer. Agendado, já temos duas paróquias que certamente abrangerá, em torno de 15 comunidades.
Nossa maior dificuldade é a falta de missionários pregadores, hoje temos apenas dois, pois acreditamos que a demanda vai aumentar. Porém, vamos nos esforças para despertar nos demais a busca de formação pessoal.
PROJETO BARCO MISSIONÁRIO
Em 2019 o MEAC expandiu a tenda e foi para as águas mais profundas – missão junto às comunidades ribeirinhas e comunidades indígenas, com o objetivo de ajudar o clero na formação sacramental e a partilha dos dons e dos bens. Iniciamos a missão e começaram as dificuldades, pois o único meio de transporte eram os barcos, oficiais, que servem como ônibus aquático, porém com muita precariedade; essa dependência atrapalhava a missão, pois não tínhamos hora para sair e chegar; a alternativa era as canoas movimentadas por motores de pequeno porte, como a de propriedade do EDUERDO E SABRINA, que postei em determinado tempo no grupo (pode ser vista no site do MEAC núcleo Amazônia.
Em 2020 a foto chamou a atenção do Presidente do MEAC que viu e teve compaixão. Enviou-me uma mensagem por WhatsApp com esta interrogação: “Que tal um barco missionário para realizar a missão?” Tomei um susto, mas refeito respondi que seria uma grande graça que o MEAC Núcleo Amazônia receberia. Foi autorizado abrir o processo de aquisição. Tudo estava indo muito bem, quando inesperadamente fomos surpreendidos pela pandemia da Covid 19, que nos obrigou a suspender tudo.
Em 2022, com melhora da pandemia e a liberação da visitação presencial, retomamos as atividades, não mais como MEAC, pois a Arquidiocese de Manaus tinha transformado os rios e igarapés em Área Missionária São José do Rio Negro, coordenada pelo padre Luís Miguel Modino, o qual passou a coordenar os serviços pastorais. Inicialmente a Arquidiocese colocou a disposição da Missão um barco (voadeira para os amazonenses) que mesmo na precariedade ajudava. Infelizmente num determinado dia o barco nos foi tomado de assalto pelos fora da lei e voltamos à estaca zero. Nesse momento de muita dificuldade, a missionária ADENIRA SOUSA PINTO, em uma reunião com os padres, ficou penalizada da situação e me lembrou do projeto barco missionário que foi suspenso por causa da pandemia. Imediatamente, me comuniquei com o potencial doador, perguntando se o projeto continuava de pé e a resposta foi sim.
Convoquei uma reunião extraordinária com as pessoas da Arquidiocese, envolvidas com a evangelização nas comunidades ribeirinhas e retomamos o projeto barco missionário, em novembro de 2022; fortalecemos a parceria e decidimos que o barco seria doado pelo MEAC e o motor propulsor ficaria sob a responsabilidade da Arquidiocese de Manaus. O processo foi eficazmente bem administrado e conseguimos colocar a disposição da missão ribeirinha o Barco missionário, em 04 de dezembro de 2022, às 17:00 horas, com capacidade para transportar dez pessoas a uma velocidade de oito milhas por hora, fato que dá tranquilidade e segurança para os missionários.
Assim se expressou o padre Luís Miguel Modino, por WhatsApp, quando o Seminarista Fernando chegou com o barco missionário:
“Obrigado”
“Muito Obrigado”
“Deus abençoe”
Em 13 de dezembro, novamente se expressou:
“Mais uma vez obrigado”
“Primeira viagem”
Isso é muito gratificante!
Louvamos e agradecemos a Deus e ao MEAC na pessoa do nosso presidente que viu e teve compaixão.
Em agradecimento a bondade de Deus, rezemos.
Inspirai, ó Deus, as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las, para que em vós comece e para vós termine tudo aquilo que realizarmos com a ajuda do barco missionário. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. AMÉM!
Manaus, 17 de janeiro de 2023