Havia, certa vez, uma cadeira muito bonita. Era o enfeite da casa.
Mas, com o tempo, ela se desgastou e começou a ficar feia.
Em alguns lugares, a tinta sumiu e aparecia a madeira. As pernas ficaram bambas…
Até que veio alguém, pegou a cadeira e a jogou no porão, junto com outros móveis estragados.
Aí sim, a cadeira ficou tão feia que nem parecia mais cadeira.
Mas, um dia, um belo dia, a porta do porão se abriu, duas mãos grossas pegaram a cadeira e ela foi para uma marcenaria.
Lá, ela recebeu, primeiro, uma lixa grossa. Foi muito doído. Perdeu toda a roupa.
Depois, veio uma lixa fina, e outra mais fina… A cadeira aguentou tudo.
E foi compensador. A beleza de sua madeira chamou a atenção de todos.
Nem quiseram mais pintá-la. Apenas lhe passaram uma camada de verniz transparente.
Pronto, a cadeira foi recuperada e ganhou novamente o seu lugar de honra: A sala de visitas.
Que tal enfrentarmos uma boa lixa no sacramento da Penitência, e depois nos revestirmos do belo verniz das virtudes cristãs?
Pode ser difícil, doído, mas compensa.
“No princípio, Deus criou o céu e a terra.
A terra estava sem forma e vazia;
as trevas cobriam o abismo…
Deus disse: Que exista a luz!…
Então Deus disse:
Façamos o homem à nossa imagem e semelhança…
E Deus viu que tudo o que havia criado era muito bom” (Gn 1).
Pelo trabalho, continuamos a obra de Deus na criação do mundo e do homem.
Não só na criação, mas também na recuperação. Isso a começar conosco mesmos.