TESTEMUNHO DIZIMO Pe. Frei Angelo Chiarelli

O que aqui escrevo não é tirado das Sagradas Escrituras nem fruto de uma longa pesquisa sobre o assunto, pois há os que já fizeram isso e com muita competência. A minha maneira de falar sobre Dízimo é de alguém que, como Sacerdote e Pároco, não encontrei maneira mais digna, limpa, decente de manter o Culto e a Igreja, assim como seus Sacerdotes. É claro que o que digo tem fundamento bíblico e nem poderia ser diferente, apenas não faço citações.

Sempre acreditei no Dízimo como uma maneira de “limpar a cara dos padres” e consequentemente de melhor manter as coisas de Deus. Assim também a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e a Comissão do Dízimo ficam livres de vexames. Não nego que a Igreja como um todo necessite de dinheiro, mas não aprovo que este tenha que ser obtido a qualquer custo, inclusive usando meios que cheiram mais a comércio do que a coisa sagrada. O que você diria de uma mãe que, na falta de recursos, vendesse seu corpo para levar pão para os filhos? O que diriam os filhos se soubesse da origem do pão? Será que este pão não teria gosto de pecado? Se passássemos uma faca cortante e abríssemos as paredes de uma igreja que foi construída com o dinheiro de venda de frangos, de álcool, cerveja, etc…será que desta parede não sairia sangue, pinga, cerveja? Não seria melhor que a tivéssemos construído com o dinheiro honesto do trabalhador, com seu suor de profissional, embora pouco, mas doado com fé, com amor, em forma de Dízimo? Com certeza, se abríssemos uma parede de Igreja que fora construída com o Dízimo iríamos ver correr suor, lágrimas e sangue de mãos que trabalham, mas que sabem partilhar o pouco que ganham. Isso é humano e divino, aquilo é anticristão e cheira mal. Aliás, nossas Igrejas são caracterizadas pela grande churrasqueira que compõe o pátio da mesma. Ou pelo salão para festas e bingos. Não sou contra que tudo isso componha o pátio da Igreja, mas que tenha esse único e exclusivo fim acho que não edifica. As festas devem ser antes de tudo uma confraternização.

Caro irmão no sacerdócio e querido irmão leigo. É tão bom comprar o vinho, as hóstias e cálices para o sacrifício sagrado com o dinheiro ganho dignamente. É deve ser muito humilhante comprar o bolo de aniversário da mamãe com dinheiro emprestado ou roubado, não acha?

Vamos lutar pelo Dízimo. Há muita maneira de você instalar o Dízimo em sua comunidade. Primeiramente, eu lhe aconselho, vá devagar. É melhor que o número de dizimista vá aumentando do que diminuindo. Comece com quem aceita e está consciente. Depois, num verdadeiro trabalho de Evangelização, os demais.

Em segundo lugar, fuja daquelas formas de Dízimo que imitam “mais um imposto a pagar”… O Dízimo deve ser trazido à Igreja e em procissão de ofertório colocá-lo junto ao altar da partilha. Alguns não gostam de aparecer? Cadê o testemunho de vida? Ninguém pode ter vergonha de ser Dizimista. Se isto acontecer, algo deve estar errado.

Bom, eu jamais esgotaria este assunto, pois é muito rico. Apenas quero lembrar que os discípulos de Jesus “ao partir o pão eles reconheceram Jesus”. Sem a partilha não

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